José Dias não encontra explicações para as desistências de Ricardo Motta, Raimundo Fernandes, Gustavo Carvalho e Vivaldo Costa.
Foto: Delma Lopes / Nominuto.com
Em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM, o deputado José Dias se disse “estarrecido” com a decisão dos parlamentares. “Não há explicações para as desistências, a surpresa foi total”, completa o deputado.
A pauta não deixou o deputado confortável para falar sobre ao assunto. Ele afirma não querer fazer juízo de valor e apenas enfatiza que o presidente da Assembleia Legislativa e os deputados estaduais Raimundo Fernandes, Gustavo Carvalho e Vivaldo Costa chegaram a assinar a ata de criação do partido e fizeram discurso durante a visita do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, idealizador do PSD no Brasil, que veio ao Rio Grande do Norte para lançamento do PSD.
Segundo José Dias, as versões, que circulam nos corredores para justificar as desistências, são conflitantes, há quem diga que não são influenciadas, que houve chave de roda do Governo, mas o deputado não conversou com nenhum dos desistentes para saber o real motivo. Ele ainda chegou a conversar com o deputado estadual Gustavo Carvalho, que estava preocupado com a distribuição dos diretórios municipais, mas nada indicou que esse seria o motivo. “A desistência de filiação, dos quatro parlamentares, a nova legenda não destrói nenhuma perspectiva para o partido”, declara o deputado José Dias.
Ricardo Motta e Raimundo Fernandes vão continuar no PMN. Vivaldo Costa e Gustavo Carvalho ainda não decidiram o rumo partidário. A comunicação da permanência de Motta no PMN foi feita na presença de Robinson Faria e do deputado federal Fábio Faria. Dos cinco deputados que haviam confirmado filiação ao PSD, apenas Gesane Marinho e José Dias acompanharão Robinson Faria na nova legenda.
José Dias falou também sobre aprovação do empréstimo US$ 540 milhões. Para ele foi um trabalho substancial, mas foi uma "bola fora" do Governo que poderia ter negociado desde o começo, de uma forma mais suave, porém criou-se um problema sem necessidade, não deveria ter acontecido sem uma discussão entre Assembleia e Governo. Houve precipitação de algumas pessoas.
Para o deputado, a aprovação do empréstimo US$ 540 milhões foi necessária, o Rio Grande do Norte precisa, indiscutivelmente, desse recurso.
"O Rio Grande do Norte tem capacidade de endividamento, até porque essa capacidade é jurídica, são normas que foram estabelecidas pelo Senado, mas o Estado não tem capacidade de pagamento", diz José Dias.
Mas ele explica que é preciso ter uma lógica, atualmente não se tem capacidade de pagamento nem das obrigações atuais, tem que se fazer um empréstimo extremamente racional e na realidade fundamental para o futuro do Estado, para que nesse futuro sejam gerados recursos para pagar esse empréstimo. José Dias encerra dizendo que quem tem dinheiro sobrando não toma dinheiro emprestado.
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