Mais de 7 mil agências estão de portas fechadas em todo o país.
O terceiro dia da greve nacional dos bancários provocou a paralisação de 7.672 agências nesta quinta-feira (29). Houve aumento de 22,6% na adesão da categoria à paralisação em relação ao segundo dia (28), quando 6.258 instituições financeiras fecharam as portas.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro (Contraf), agências e centros administrativos de bancos
públicos e privados de 25 estados e do Distrito Federal participam do
movimento. Apenas os bancários de Roraima não aderiram à greve. No
entanto, os roraimenses concordaram em participar da mobilização a
partir da próxima segunda-feira (3).
Os bancários entraram de greve por tempo indeterminado
na última terça-feira (27). A categoria reivindica reajuste de 12,8% nos
salários, o que representa 5% de aumento acima da inflação. Eles também
pedem aumento nas contratações, fim da rotatividade, melhoria do
atendimento aos clientes e fim de metas instituídas pelos bancos que os
bancários consideram abusivas. A Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban), braço da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) dedicado a
negociações sindicais, ofereceu 0,56% de reajuste superior à inflação.
Em nota, o presidente da Contraf e coordenador do
Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, disse que o "silêncio"
dos bancos e do governo vai provocar uma das maiores greves feita pela
categoria nos últimos anos. "O silêncio dos bancos e do governo tem
indignado os trabalhadores e fortalecido a greve. Enquanto a Fenaban não
apresentar uma proposta decente, o movimento seguirá crescendo em todo o
país."