Hannibal Hanschke/Efe
Depois de oito dias de manifestações que encheram ruas e praças, o ditador egípcio Hosni Mubarak dobrou os joelhos.
Como previsto, Mubarak foi à TV para anunciar que não disputará mais a reeleição. Melhor: anunciou que vai antecipar o pleito marcado para setembro.
Embora a data da eleição não tenha sido especificada, o anúncio ateou nos manifestantes satisfação e raiva. Festejou-se a perspectiva de saída de Mubarak. Mas deseja-se que saia já.
Mubarak pediu “respeito” ao novo governo de transição que está sendo formado. De resto, num esperneio fora de hora, referiu-se aos protestos como vandalismo.
"Tudo começou com pessoas inocentes, que têm o direito de manifestar suas preocupações...”
“...Mas moveram-se de uma maneira civilizada de praticar a liberdade de expressão para tristes confrontos organizados por grupos politicos".
Entre as dúvidas que o pronunciamento de Mubarak deixou no ar uma é especialmente relevante.
Embora tenha anunciado que vai bater em retirada, o ditador não esclareceu se levará junto o filho Gamal Mubarak.
Por trás do gesto de “desprendimento” de Mubarak está, informa o New York Times, o presidente dos EUA, Barak Obama.
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