Nominuto faz um raio-x da política de atenção aos idosos e os números de abrigos e programas focados nos adultos da terceira idade.
Foto: Reprodução
No Rio Grande do Norte eles somam mais de 300 mil, são na maioria saudáveis, mas precisam muito de carinho e têm apenas uma vontade: continuar a viver com qualidade. É pensando em oferecer melhores dias para os idosos que o poder público municipal e estadual vem travando uma batalha para oferecer atendimento social, psicológico, de saúde, entretenimento e qualidade de vida para os jovens da terceira idade.
O serviço público de atenção ao idoso em Natal é feito pela Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas), onde os idosos recebem atenção através de programas sociais e são acolhidos e encaminhados para os centros de referência aos idosos, como o Juvino Barreto.
A parceria com o Juvino Barreto é feito através de repasse financeiro por convênio por fonte 101, onde a Prefeitura de Natal disponibiliza uma quantidade de vagas para receber os idosos que precisam de um lar para morar.
Foto: Elpídio Júnior
No âmbito estadual, a Secretaria Estadual de e Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas) autorizou este ano o convênio com várias instituições, incluindo o Juvino Barreto e o Lar da Vovozinha em Nata, o Abrigo Anísia Pessoa, em São José de Mipibú e a Associação Beneficente Virgem dos Pobres, em Parelhas. O valor total dos convênios é de R$ 433 em recursos estaduais.
Os serviços de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), o serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e o Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas são os programas direcionados a atenção ao idoso.
Além disso, o Governo do Estado dispõe de 55 Centros de Referência de Assistência Social (CREAS) em 52 municípios e 18 abrigos de idosos, que oferecem proteção aos adultos da terceira idade, recebendo hoje 698 idosos em todo o Estado.
Mas os idosos não precisam somente de um lugar para ficar: de acordo com dados da assistência social no Brasil, os maiores problemas de saúde dos idosos são relativos aos cuidados psicológicos. Para ampliar o bem estar dos idosos natalenses, a Semtas promove oficinas de teatros, artesanato, música, terapia ocupacional que atende a mais de 2 mil idosos nas comunidades de Natal semanalmente.
Foto: Elpídio Júnior
Ao lado da tentativa de minimizar os efeitos da idade na saúde e na qualidade de vida dos idosos estão os índices de agressão, cada dia mais presente na sociedade. Dados da Polícia Civil revelam que são os adultos da terceira idade os mais agredidos pela família.
Para controlar ou amenizar essa situação, as entidade de defesa da pessoa idosa e suas famílias como o Ministério Público, os Conselhos Tutelares, as delegacias de polícia fazem o trabalho juntamente com a Semtas disponibiliza o disque denúncia através do 0800 084 1021 em que os familiares, vizinhos e/ou amigos podem ligar e denunciar os casos de maus tratos.
O Disque-Denúncia facilita a apuração e acompanhamento realizado pela equipe dos Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), das situações de violação praticadas contra os idoso.
Nos últimos anos, após a implantação do Disque Denúncia, os casos de maus tratos tem diminuído, passado de 834 casos em 2008 para 634 denúncias durante todo o ano de 2010. Os tipos de violência que mais aparecem nas denúncias capitadas pelo SOS Idoso são: negligência, desvios de proventos (aposentadorias) e agressões verbais e psicológicas.
A parceria com a Secretaria Municipal de Saúde também rende bons resultados, com as oficinas sociais em parceria com as campanhas educativas de saúde, atendendo ao público mais “experiente”.
Em todo o Rio Grande do Norte, a política de atenção ao idoso é praticada pelos centros de Referencia Especializado da Assistência Social (Creas), onde o idoso recebe tratamento diferenciado e participa de atividades diariamente.
A política na área de saúde da Pessoa Idosa na Atenção Básica do Estado é voltada para o cadastramento da Caderneta do Idoso, onde são informadas as condições do pacientes e dados que auxiliam nas consultas médicas.
Foto: Marilia Rocha
Voltando a questão do acolhimento, hoje, o centro que mais recebe idosos é o Juvino Barreto (que tem 77 anos) e atualmente está com 124 idosos, mas pelos convênios pode receber até 150 idosos. De acordo com a irmã Ana Maria, coordenadora do Juvino Barreto, a quantidade menor do que o esperado é causada pela reforma que está sendo feita. “Um dos setores está desativado, que poderia receber mais idosos, aumentando a quantidade de idosos atendidos”, argumenta.
O Juvino Barreto é uma entidade privada com fins filantrópicos, onde o idoso que recebe aposentadoria disponibiliza 70% do valor da aposentadoria que fica retido para a contribuição para alimentação, custos da casa.
Foto: Elpídio Júnior
Sobre os critérios de recebimento dos novos idosos, a irmã Ana Maria contou ao Nominuto que não existem critérios e sim, vagas para acolher os idosos. “Estabelecemos condições de triagem das vagas, já que respondemos a legislação do idoso que diz respeito as acomodações: temos que avaliar as reais possibilidade de receber novos idosos”, argumenta a irmã.
Para melhorar os espaços de acolhimento, a infraestrutura do Juvino Barreto vem recebendo reformas nos espaços comuns de alimentação, passeio e ainda reforma dos leitos.
Mesmo assim, o Juvino Barreto ainda precisa muito da colaboração de doadores que podem ser feitas através de dinheiro ou de itens de uso pessoal como remédios, fraldas descartáveis e produtos de higiene pessoal.
Os interessados em colaborar com o Instituto Juvino Barreto, podem levar os donativos diretamente ao local, na Avenida Alexandrino Alencar, 908. Informações sobre doações de dinheiro podem ser feitas pelo telefone: 3220-1302.
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