Paralisação afetou cerca de 21% dos estabelecimentos.
Roraima, que não aderiu à greve, realiza assembleia na noite desta terça.
Expectativa da Contraf é que adesão à greve
aumente nos próximos dias (Foto: Tatiane Queiroz/
G1 MS)
aumente nos próximos dias (Foto: Tatiane Queiroz/
G1 MS)
No primeiro dia de greve nacional dos bancários, 4.191 agências e
centros administrativos de bancos públicos e privados foram fechados em
25 estados e no Distrito Federal, de acordo com informações da
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT).
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Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o país
conta com 20.073 agências bancárias. Portanto, no primeiro dia de
paralisação do setor, a greve atingiu 20,9% dos estabelecimentos.
O balanço da Contraf foi feito com base em dados enviados pelos
sindicatos até as 18h. De acordo com a entidade, os bancários de Roraima
– único estado que não aderiu à paralisação – realizam ainda na noite
desta terça-feira (27) uma assembleia para decidir o rumo do movimento
dos trabalhadores do setor no estado.
“A greve começou mais forte que a do ano passado, uma das maiores que
fizemos nos últimos 20 anos, quando fechamos 3.864 unidades no primeiro
dia de paralisação”, disse, em nota, Carlos Cordeiro, presidente da
Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
“Isso mostra a grande insatisfação dos funcionários com a postura dos
bancos, que, em cinco rodadas de negociação, não apresentaram uma
proposta decente que atenda às reivindicações da categoria.”
Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após negociações
frustradas com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A proposta
patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representa
aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação da categoria é
de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.
“A proposta [da Fenaban] também não contempla valorização do piso,
maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim
da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas
abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de
oportunidades”, diz Cordeiro.
A expectativa dos representantes da categoria é de que a adesão à greve
aumente nos próximos dias. “A experiência de anos anteriores mostra que
a tendência é o índice de paralisação aumentar. Estamos preparados para
intensificar a mobilização e fazer a maior greve das últimas décadas
para garantir avanços econômicos e sociais”, afirma Cordeiro.
O coordenador do Comando Nacional, no entanto, não descarta a retomada das negociações. “Continuamos apostando no diálogo.”
Fenaban
Em nota, a Fenaban disse que a greve da categoria dos bancários “é totalmente injustificada” e que foi decidida com as negociações ainda em andamento, sem que houvesse uma situação de impasse.
Em nota, a Fenaban disse que a greve da categoria dos bancários “é totalmente injustificada” e que foi decidida com as negociações ainda em andamento, sem que houvesse uma situação de impasse.
“Nós não interrompemos as negociações e seguimos afirmando que as
conversas precisam continuar”, diz o diretor de Relações do Trabalho da
entidade, Magnus Apostólico.
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