Homem recebeu mil reais para cometer crime, mas conhecia vítima.
Mulher que pagou pelo 'serviço' deu queixa na delegacia por roubo.
A polícia de Pindobaçu, município a 400 km de Salvador, foi
surpreendida com uma história inusitada a partir de uma queixa de roubo.
Uma mulher teria procurado a delegacia da cidade alegando que R$ 1 mil
teriam sido tomados por assalto por um homem. Ao encontrar o suspeito, a
polícia descobriu que o homem tinha sido contratado pela mulher para
assassinar uma pessoa.
No entanto, em acordo firmado com aquela que seria sua vítima, o homem
optou por não cometer o crime e decidiu encenar a morte usando molho de
catchup e uma faca. Em seguida, ele tirou uma fotografia da 'morta',
entregou à mandante como prova da ação e recebeu o pagamento. A trama
foi descoberta quando a mulher que deveria estar morta foi avistada pela
mandante, na feira da cidade, aos beijos com aquele que seria o seu
assassino, alguns dias após a entrega da foto.
O caso aconteceu no dia 24 de junho, mas foi divulgado esta semana pela
polícia de Pindobaçu, cidade com pouco mais de 20 mil habitantes.
Segundo o delegado Marconi Almino de Lima, o homem alegou que teria
aceito o serviço porque estava sem emprego e precisava de dinheiro. No
entanto, ao perceber que a vítima era sua “conhecida”, resolveu bolar o
plano.
Para dar mais realidade à fotografia apresentada como prova do crime, o
homem levou a vítima para um matagal, amarrou seus braços e pernas e a
amordaçou, além de inserir uma faca entre o braço e o peito da mulher,
simulando um esfaqueamento. O catchup serviu para forjar o sangue.
Marconi Almino de Lima explicou que ninguém está preso, mas os três
envolvidos respondem a processos na Justiça. "A mandante está
respondendo por ser encomendar o crime, já o homem responde pelo crime
de extorsão e a mulher que seria a vítima responde por co-participação
na trama", explicou o delegado.
Repercussão na cidade
O fato repercutiu na cidade de Pindobaçu. Funcionários de órgãos públicos e de estabelecimentos comerciais contaram ao G1
que na cidade a história foi interpretada com humor, devido ao plano
"bem montado" pelo homem e por sua 'vítima', como contou uma moradora da
cidade. "Até hoje ainda se comenta pela rua", revelou uma funcionária
da prefeitura.
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