Movimento no comércio do país cresce 0,7% em agosto

Resultado foi apontado pelo Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio e pode indicar recuperação do varejo, depois de leve retração.

Por Silvia Ribeiro Dantas

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O movimento de clientes nas lojas brasileiras, com o conseqüente aumento das vendas no comércio, está em recuperação. É o que mostra o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, uma vez que em agosto foi registrado um volume 0,7% maior do que no mês anterior. Em junho, o movimento tinha caído 0,1%, passando para uma pequena alta de 0,2% em julho.

Ao longo dos primeiros oito meses deste ano, o faturamento do comércio varejista do Brasil foi 9,5% superior ao registrado em igual período de 2010.

De acordo com a análise da Serasa Experian, o aumento das vendas reflete, principalmente, o bom desempenho na área automobilística com elevação de 5,6%, e a maior procura tanto por carros, motos e autopeças.

Cresceram também os negócios nas lojas de material de construção (3%), segmento que lidera as vendas no período de janeiro agosto (alta de 11,8%); e no comércio de tecidos, vestuário, calçados e acessórios ( 2%); de móveis, eletrodomésticos e informática (1%); e de combustíveis e lubrificantes (1,3%).

O único segmento em queda foi o de supermercados, alimentos e bebidas, que registrou decréscimo de 1,6% nas vendas em agosto. Entretanto, o segmento registra alta de 5,2% no acumulado do ano.

Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, esse aquecimento das vendas ocorreu, em boa parte, por causa do Dia dos Pais e do aumento da massa de rendimentos com mais pessoas empregadas. “A robustez do mercado de trabalho, com as taxas de desemprego em níveis historicamente baixos e com ganhos reais de salários, tem conferido sustentação ao crescimento da atividade varejista nacional, neutralizando, em parte, os efeitos restritivos oriundos dos juros mais elevados e das condições de crédito mais restritivas”, destaca a empresa, em nota.

Para eles, a decisão tomada, na semana passada, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de reduzir de 12,5% para 12% ao ano a taxa básica de juros, a Selic, vai estimular a retomada das vendas.