Estabelecimentos funcionam ao lado de unidade de ensino em São Gonçalo e vendem bebidas e cigarros
Alex Costa // alexcosta.rn@dabr.com.br
Especial para o Diário de Natal
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Q ueixa, insatisfação e medo. Este é o clima que vivem pais, alunos e professores da Escola Municipal Vicente de França Monte, no bairro do Amarante, município de São Gonçalo do Amarante. A razão são as várias cigarreiras, erguidas de forma irregular na calçada lateral da escola, onde são vendidas bebidas alcoólicas e cigarros. Além disso, existem denúncias de que também existe tráfico de drogas ao redor dos estabelecimentos.
Até mesmo casos de crimes e assassinatos já foram verificados no local Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press |
Aulas
A diretora da escola Maria Gorete dos Santos, 47, reclama da falta de estrutura das cigarreiras e confirma que o bom desenrolar das aulas está sendo prejudicado com todos esses fatores adversos. "Os pais reclamam bastante e sempre pediram para que a direção procurasse resolver junto à prefeitura. Como assumi recentemente, já procurei a prefeitura, que respondeu favorável e prometeu cumprir com as obrigações", colocou a diretora.
Prefeitura
Contatada, a prefeitura de São Gonçalo do Amarante afirmou já ter viabilizado a retirada das cigarreiras do local. "Em 30 dias os estabelecimentos serão removidos. Estamos preparando novos quiosques, ao lado da subestação de energia de Igapó, onde funcionará apenas o comércio de artesanato e lanches. Não será permitida a venda de bebidas alcoólicas no local", garantiu o secretário de infraestrutura, Diogo Henrique dos Santos. O prazo para a entrega dos quiosques está previsto para o final do mês de abril.
O procurador de São Gonçalo do Amarante, Leonardo Brad, disse que o processo administrativo já está em andamento. Mesmo irregulares, os proprietários da cigarreiras que não quiserem deixar de vender bebidas alcoólicas receberão uma indenização e deverão abrir o estabelecimento em outro local. Os que aceitarem a condição, ganharão um quiosque e poderão vender lanches. "Parte deles aceitou. São 18 estabelecimentos irregulares nas imediações da escola e todos eles serão removidos", disse o promotor.
Transferência
Moradores da rua do bairro do Amarante para onde serão transferidas as cigarreiras não gostaram da ideia. Segundo o presidente fiscal do conselho comunitário, Clodoaldo Ribeiro, 45, a idéia inicial da prefeitura era de se fazer uma feirinha de artesanato apenas, e não a transferência. "Acho um absurdo. Com aquelas pessoas aqui a rua ficará barulhenta, sem contar que o perigo que hoje acontece ali virá todo para esse lado aqui", afirmou.
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