sexta-feira, 25 de março de 2011

Gurgel X-12: o jipinho que fez muito sucesso no Brasil


Ele foi comprado no dia 1º- de setembro de 1986, em uma concessionária “Gurgel” de Belo Horizonte, Minas Gerais. Com 24 anos, o vermelho vivo “original” do Gurgel X-12 foi mantido graças à recente pintura. Sua capota de lona lhe dá um toque de beleza inusitada e simplicidade, atributos que arrebataram o coração de sua única proprietária, a aposentada Clélia de Sousa e Silva. Ela declara que a condição espartana do veículo não contém nem diminui o seu amor, ciúme e  admiração por ele. 

fotos:divulgaçãoEm perfeito estado de conservação, o X-12 de Clélia é atração viva das avenidas de Belo HorizonteEm perfeito estado de conservação, o X-12 de Clélia é atração viva das avenidas de Belo Horizonte
Marcando 68.000 quilômetros rodados, o hodômetro deve ter virado algumas vezes, porque os carimbos encontrados no Manual do Proprietário nos fazem deduzir que, apenas em 1987, o X-12 foi submetido a quatro revisões, dando a entender que ele não é amigo do dono da oficina, visto que raramente deu problema. Mérito do robusto motor Volkswagen 1.6 refrigerado a ar.

Não obstante o talento para o “off road”  e da contida vontade da  proprietária, o Gurgel X-12 nunca entrou numa trilha, ignorando os ângulos de ataque e saída de 63 e 41 graus, o bloqueio do diferencial “Selectration” e o vão livre de 33 centímetros. O máximo de terra que ele passou foi numa estrada na Serra do Cipó. “Mas quando vejo uma poça de água na rua eu acelero pra valer”, afirma Clélia.

Como o X-12 é o veículo do dia-a-dia da aposentada, participou de boa parte de sua vida. Suas filhas Júlia e Camila, um pouquinho mais velhas do ele, não gostam que ela comente, mas, quando eram crianças, tinham vergonha de andar nele. As coisas mudam e atualmente elas adoram o jipinho e até dão umas voltinhas nele. Mas, quem gosta mais de pegar uma carona no jipinho, além de seus sobrinhos mais novos, é a dona Lady, genitora de Célia.

Detalhe interessante

Como o Gurgel X12 chama muito a atenção das pessoas, Célia tem que andar literalmente na “linha”. Por onde ela trafega,  o veículo é motivo de admiração e comentários. Interessante notar, que se por um lado isso incomoda, ela recupera toda a liberdade quando o “possante” está de capota arreada. “É uma delícia”, explicita Clélia.

O único momento tenso da história do Gurgel X12 foi quando o seu motor pegou fogo. A proprietária do jipe relata que tinha labaredas de fogo e, com a ajuda de uma pessoa, conseguiu finalmente apagá-lo usando o extintor. O que complicou o “salvamento” foi encontrar as várias chaves necessárias para abrir a tampa do motor. Finalmente, a pintura do “bólido” ficou quase intacta. O motor também foi salvo (foi necessário apenas trocar umas borrachas e mangueiras.  

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