sábado, 26 de março de 2011

Forças de Gaddafi atacam Misrata, diz rebelde

Do UOL Notícias*
Em São Paulo
Forças leais ao ditador líbio Muammar Gaddafi estão atacando a cidade de Misrata a partir do oeste e do leste, informou um rebelde à Reuters no sábado.
"As forças de Gaddafi estão atacando Misrata a partir do oeste e leste. (Há) bombardeio pesado", afirmou o rebelde, chamado Saadoun, por telefone à Reuters.
Do oeste, segundo ele, tanques estavam avançando em direção à cidade. "Eles também estão tentando trazer soldados", disse.
"Do leste, eles estão bombardeando com morteiros e artilharia o porto e áreas próximas. Há no porto o principal tanque de combustível que alimenta a parte central da cidade e (há) também milhares de trabalhadores, em sua maioria egípcios, que fugiram e permaneceram no porto aguardando resgate", disse.
Caças franceses destruíram neste sábado, em Misrata cinco aviões de combate Galeb e dois helicópteros de ataque Mi-35 das forças de Muamar Kadhafi, anunciou em Paris o Estado-Maior das Forças Armadas.
 
Nas últimas 24 horas, indicou o Estado-Maior em seu site, os aviões frances realizaram várias incursões nas regiões de Zintan e Misrata.

Rebeldes tomam Ajdabiyah

Rebeldes líbios, apoiados por ataques aéreos das forças aliadas, retomaram neste sábado a estratégica cidade de Ajdabiyah, depois de uma batalha que durou toda a madrugada e que sugere que a maré está mudando contra as forças do líder Muammar Gaddafi no leste do país.
Combatentes dos grupos rebeldes dançaram sobre os tanques, balançaram bandeiras e dispararam para o alto perto de edifícios crivados por balas. Seis tanques danificados ficaram estacionados perto da entrada leste da cidade, e o solo estava cheio de cartuchos de bala vazios.
Havia sinais de intensos confrontos no portão oeste de Ajdabiyah. Corpos de mais de uma dezena de soldados de Gaddafi ficaram espalhados pelo chão. Uma carga de munição abandonada sugeria que as forças do líder líbio tiveram de fazer um rápido recuo.
"Toda Ajdabiyah está livre e todo o caminho até Brega está livre", afirmou Faraj Joeli, um estudante de ciências da computação de 20 anos que se tornou combatente rebelde.
Havia escassos sinais de destruição no centro da cidade, e os poucos moradores que ainda permaneciam lá começaram a sair de suas casas. Rebeldes dirigiram seus carros disparando para o alto ou distribuíam pão, farinha e água aos habitantes.
Conquistar Ajdabiyah, passagem da líbia ocidental para o reduto rebelde de Benghazi e à cidade petrolífera de Tobruk, é um grande incentivo para os rebeldes após duas semanas na defensiva.
Governos ocidentais esperam que os ataques aéreos, lançados há uma semana com o objetivo de proteger civis, mudarão a balança do poder a favor da revolta popular que resultou em incidentes mais violentos do mundo árabe.

Brega

Os rebeldes líbios se encontram a 20 quilômetros da cidade de Brega, na líbia, rumo ao oeste do país, após ter retomado o controle nesta manhã de sábado Ajdabiya, disse à Agência Efe seu porta-voz Muhammad Mergirby.

"Os rebeldes estão a 20 quilômetros de Brega (cidade líbia) e chegarão ali depois das 22h hora local (19h do horário de Brasília)", indicou Mergirby.

As forças antigovernamentais retomaram neste sábado o controle de Ajdabiya, 160 quilômetros ao sudoeste de Benghazi, após oito dias de contra-ofensiva contra os partidários do líder líbio, Muammar Kadafi.

Mergirby explicou que, após a queda de Ajdabiya em suas mãos, os revolucionários estão despejando em direção ao próximo enclave petroleiro de Brega (cidade líbia), embora "não se estão registrando enfrentamentos".

Brega (cidade líbia) é um importante enclave petroleiro que está situado cerca de 80 quilômetros ao oeste de Ajdabiya e cerca de 240 quilômetros ao sudoeste de Benghazi, a segunda cidade da Líbia e a mais importante em poder das forças da oposição.
*Com informações das agências internacionais

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