terça-feira, 8 de março de 2011

Juro a 5 anos agrava-se para 7,6%

Amanhã Portugal volta a emitir dívida de longo prazo.
Amanhã Portugal volta a emitir dívida de longo prazo.
A percepção de risco da parte dos investidores em relação a Portugal agrava-se numa semana em que a UE deverá discutir o futuro do país.
O juro das Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas a 5 anos agrava-se para os 7,6%, e renova assim máximos históricos, numa semana considerada decisiva para o futuro do país. No mesmo sentido, o juro das OT nacionais a 10 anos subia para os 7,565%, enquanto a 'yield' da linha viva de dívida pública portuguesa na mesma maturidade se agravava para 7,483, depois de ontem ter fechado nos 7,474%.
Ontem à noite, José Sócrates voltou a rejeitar a necessidade de Portugal pedir auxílio externo, tendo afirmado que a entrada do FMI no país significaria que Portugal "perderia prestígio, além de perder também a dignidade de se apresentar ao mundo como um país que consegue resolver os seus problemas".
Amanhã Portugal volta a testar os mercados, com uma emissão de mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro a dois anos, dois dias antes de os líderes da União Europeia se reunirem em cimeira extraordinária, na sexta-feira.
John Lipsky, vice-presidente do FMI, reafirmou ontem que o Fundo está preparado para ajudar qualquer estado da UE que necessite de auxílio, mas pediu aos líderes da UE que apresentem medidas concretas sobre a flexibilização do Fundo de Estabilização Europeu, sinalizando que é isso que os mercados esperam.
E alertou: "A UE não aguenta o actual estado de tensão financeira durante muito mais tempo".
Este agravamento do risco nacional acontece um dia depois de a agência de notação financeira Moody's ter cortado o 'rating' da Grécia em três níveis, de Ba1 para B1, justificando esta decisão com a alta probabilidade de o país entrar em reestruturação após 2013.

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