segunda-feira, 7 de março de 2011

Portugal com maior risco de convulsão social

Pela primeira vez em 18 edições do mapa de risco político elaborado pela empresa norte-americana de corretagem de seguros Aon, Portugal regista factores de risco. E estes são logo dois. O de convulsão social, motins e greves, e o que mais dores de cabeça dá ao Governo: o incumprimento do pagamento da dívida soberana. Exactamente como a Irlanda, país que sofreu ajuda externa no ano passado.
Apesar de tudo, «a avaliação é positiva», uma vez que o país se mantém no grupo dos de «mais baixo risco», ressalva o director daquela empresa em Portugal. Para Pedro Penalva, o estudo «não é alarmista, mas efectivamente há dois factores de risco associados ao país».
O mapa de risco político da Aon Risk Solutions é uma ferramenta pensada para gestores e empresários. Pinta os países em seis cores, do azul de baixo risco ao vermelho do muito alto risco, «em resultado de uma análise muito alargada» que inclui a colaboração de agências de rating, seguradoras e universidades, além da empresa de consultoria Oxford Analytica.
Nesta edição há uma mudança de cor negativa para 19 países. «Parece que o mundo está mais perigoso, mas 13 países desse lote são das Caraíbas, o que se explica por causa da quebra das receitas de turismo que aumentam o risco de pagamento da dívida», diz Penalva.
Em sentido contrário, 11 países registaram melhorias ao ponto de mudarem para uma cor menos berrante. É o caso de Moçambique, agora considerado um país de médio risco. «É uma boa notícia para os empresários portugueses», comenta Pedro Penalva.
cesar.avo@sol.pt

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