sexta-feira, 15 de julho de 2011

Copa América: Quem já foi

No entanto, a desventura de Bolívia, Equador, México e Costa Rica na Copa América 2011 não se abateu com a mesma força sobre cada um desses países.

Por Redação, Fifa.com
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Foto: Getty Images
Jogadores da Bolívia.
Em um torneio com 12 seleções, no qual oito avançam às quartas de final, ser eliminado na primeira fase é um golpe difícil de assimilar. No entanto, a desventura de Bolívia, Equador, México e Costa Rica na Copa América 2011 não se abateu com a mesma força sobre cada um desses países.

O selecionado boliviano foi o primeiro a chegar à Argentina e, curiosamente, o primeiro a fazer as malas. Os comandados de Gustavo Quinteros impressionaram o continente com uma belíssima atuação no empate em 1 a 1 com a anfitriã, mas sentenciaram a sua despedida do Grupo A com duas derrotas por 2 a 0 diante da Costa Rica e da Colômbia.

"Tivemos pouco tempo para trabalhar e o que queríamos era estruturar o elenco para as eliminatórias", explicou o treinador. "Mas acho que conseguimos: quando disputarmos a primeira partida, 80% dos jogadores que estiveram na Argentina serão a base da seleção para o que vem por aí." Quinteros assumiu um conjunto que já acumula 16 jogos sem vitória na competição. A última alegria da Bolívia foi um triunfo por 3 a 1 sobre o México, em La Paz, no dia 25 de junho de 1997.

Decepção equatoriana
A presença dos seus melhores atletas e de um técnico com uma recente participação na Copa do Mundo da FIFA colocavam o Equador em uma boa situação para superar a fase de grupos pela primeira vez desde 1997. Porém, o conjunto de Reinaldo Rueda somou apenas um ponto, fruto de um empate sem gols com o Paraguai no qual o goleiro Marcelo Elizaga foi eleito o melhor em campo.

"O objetivo do nosso trabalho são as eliminatórias para o Mundial, mas não passamos no teste da Copa América", admitiu o treinador depois de confirmada a eliminação. "Fomos imprecisos e falhamos no jogo decisivo com a Venezuela. Tudo o que aconteceu nestas três partidas será motivo de avaliação."

A baixa produção do elenco equatoriano, derrotado por venezuelanos (1 a 0) e brasileiros (4 a 2), gerou dúvidas entre a imprensa local quanto ao futuro, sobretudo no torneio classificatório para o Brasil 2014. "Vamos embora com um gosto realmente amargo na boca", afirmou Felipe Caicedo. "Chegamos com vontade de fazer uma grande campanha. Acho que merecíamos algo melhor." O atacante de 22 anos fez dois gols contra o Brasil e ao menos parece ser uma das boas notícias que o torneio deixou para o Equador.

Falta de experiência
México e Costa Rica, convidados da CONCACAF, levaram à competição dois elencos juniores e voltaram para casa com aprendizagens distintas. Por exemplo, o técnico da equipe costa-riquenha, Ricardo La Volpe, teve de proibir os seus comandados de tirarem fotos ou pedirem autógrafos a Lionel Messi no último compromisso pelo Grupo A. "Não é fácil jogar com tantos garotos contra seleções cheias de craques, mas não fomos mal", analisou o treinador do único selecionado eliminado que pelo menos comemorou um triunfo: os 2 a 0 sobre a Bolívia.

A situação foi um pouco mais complicada no lado do México, que precisou substituir oito jogadores às vésperas da estreia por motivos disciplinares e acabou derrotado por Chile (2 a 1), Peru (1 a 0) e Uruguai (1 a 0). "Não foi um bom torneio para nós, apesar de não considerá-lo um fracasso", disse o técnico Luis Tena. "Viemos com um elenco sub-22 e tivemos de modificá-lo no meio do caminho. Não falhamos tanto no aspecto futebolístico, e sim no disciplinar."

Longe vão os tempos em que os mexicanos brigavam pelas primeiras colocações, como quando chegaram à final em 1993 e em 2001. Giovani dos Santos, um dos mais experientes do elenco, resumiu o pensamento dos compatriotas antes de partir. "O México precisa participar destes torneios com a seleção principal", opinou. "Mas temos de buscar o lado positivo: isto serviu de experiência a todos. Agora, os mais jovens sabem o que é uma Copa."

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